Month: janeiro 2018

Disponibilizada gratuitamente edição brasileira de quadrinhos de Nina Paley que satirizam propriedade intelectual

Além de artista talentosa, Nina Paley é voz ativa na luta por uma cultura livre. Através dos seus personagens Mimi e Eunice, ela faz um ácida e inteligente crítica à “pumpriedade intelectual” (em inglês, o título é “intelectual pooperty”). Nina Paley costuma permitir a livre circulação de suas obras na Internet. Como não podia deixar de ser, a edição portuguesa do livro está disponível online e gratuitamente pela Editora da Universidade Federal da Bahia.


Edição brasileira, publicada pela EdUFBA

O livro inclui uma breve entrevista com a artista. Ao ser perguntada por que artistas devem tornar livre seu trabalho, Nina responde que isso torna “mais fácil o seu compartilhamento” e que o apoio do público chegue diretamente ao artista. Para Nina, “ao remover as barreiras de copyright, o artista torna possível o recebimento – tanto diretamente quanto por meio de distribuidores – de dinheiro e de outros tipos de apoio, aumentando assim suas chances de sucesso.

Mimi e Eunice, em edição portuguesa. Autoria: Nina Paley.

 

Através dos quadrinhos, NIna dá suas impressões sobre a lei de copyright e inclusive demonstra seu desapontamento com as licenças Creative Commons.

O obra tem a tradução do jornalista e fotógrafo André Solnik, adaptação das imagens por Paula Vio, e conta com a introdução do professor Jorge Machado, do COLAB/USP. De acordo com a introdução, como a “propriedade intelectual” é monopólica, “na ausência de competição, seus detentores tendem a colocar os preços nas alturas. E isso ocorre no campo da cultura, nas patentes de medicamentos, obras científicas, tecnologias, etc.”. Assim, “ficam de fora todos aqueles que não podem pagar, tornando mais difícil o acesso à informação e ao conhecimento – especialmente àqueles que vivem em países subdesenvolvidos –, aumentando ainda mais o fosso global que divide ricos e pobres”.

Baixar “Mimi e Eunice em Pumpriedade Intelectual”

Pesquisadores do Colab publicam artigo onde avaliam o modelo de política públicas do Programa TransCidadania

O texto é um dos resultados da pesquisa de Bia Michele Miranda, orientanda do professor Jorge Machado. Publicado no livro “Mudanças Sociais e Participação Política – Estudos e Ações Interdisciplinares” (editora Annablume), o artigo avalia o programa como um modelo de intersetorialidade, com a participação da própria comunidade afetada pela política na sua construção.

 


Bia Michele Borges
Criado pela Prefeitura de São Paulo em 29 de janeiro de 2015 e administrado pela Coordenação de Políticas LGBT (CPLGBT) da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o TransCidadania funciona como um programa de reinserção social e promoção da cidadania para pessoas travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade social.
transcidadania
No texto é descrita a implementação do programa e as inovações que ele traz. Os dados apresentados fazem parte de uma pesquisa qualitativa e exploratória mais ampla de dissertação mestrado, realizada entre março de 2015 e dezembro de 2016, na sede do programa TransCidadania, que inclui o acompanhamento de atividades realizadas pelo programa com os participantes, análise de documentos oficiais da prefeitura e do programa e entrevistas com gestores, equipe técnica e participantes do TransCidadania.
O artigo está disponível aqui.