Month: janeiro 2016

Organizações lançam carta aberta aos líderes de governo do mundo em defesa do uso de criptografia e da privacidade

O objetivo da carta é apoiar a proteção e a segurança dos usuários, empresas e governos, reforçando a integridade das comunicações e sistemas. Com isso, espera-se que governos rejeitem leis, políticas que limitem o acesso ou prejudiquem a criptografia e outras ferramentas e tecnologias para segurança nas comunicações.

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Em resumo, a carta afirma que:
1. Governos não devem, de nenhuma maneira, banir ou limitar o acesso do usuário à criptografia ou proibir a aplicação ou uso de criptografia por grau ou tipo;
2. Governos não devem tornar obrigatória a concepção ou implementação de backdoors ou vulnerabilidades em ferramentas, tecnologias ou serviços;
3. Governos não devem exigir que ferramentas, tecnologias ou serviços sejam concebidos ou desenvolvidos para permitir o acesso de terceiros a chaves de criptografia ou a dados não criptografados;
4. Governos não devem tentar enfraquecer ou minar os padrões de criptografia ou influenciar intencionalmente o estabelecimento de padrões de criptografia, exceto para promover um nível mais elevado de segurança da informação. Nenhum governo deve ordenar que algoritmos, padrões, ferramentas ou tecnologias de criptografia sejam inseguros; e
5. Governos não devem, seja por acordos privados ou públicos, obrigar ou pressionar qualquer entidade para exercer qualquer atividade que seja incompatível com os princípios acima.

A carta conclui afirmando que “a existência de criptografia forte, assim como de ferramentas e sistemas seguros que se apoiem nela, são fundamentais para aprimorar a segurança no ciberespaço, fomentar a economia digital e proteger os usuários. Nossa capacidade de potencializar o uso da Internet para o crescimento global e prosperidade e como ferramenta para organizadores e ativistas requer a capacidade e o direito de se comunicar de forma privada e segura através de redes confiáveis.”

O COLAB ratifica e apoia os termas da carta.

Novo relatório do Banco Mundial avalia os benefícios do desenvolvimento digital

Hoje o Banco Mundial publicou o “Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2016. Dividendos digitais”. Ele analisa os impactos esperados da revolução digital, constatando que o acesso ao mundo digital e os supostos benefícios são ainda desiguais na população, especialmente nos países economicamente frágeis.

Communication

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O estudo aponta que 60% da população mundial ainda não possui acesso à Internet. Entre os que possui acesso, apenas 15 % têm banda larga. Em alguns países chama a atenção a desigualdade de gênero em relação ao acesso ao mundo digital. Um exemplo disso, são os países onde mulheres são impedidas de acessar à Internet ou mesmo fundar empresas ligadas a TI.

Porém, o relatório conclui que a Internet tem promovido o desenvolvimento ao abaixar os custos à informação, possibilitando ainda colaboração, geração de produtos, desempenando de modo geral um papel inclusivo, inovador e eficiente.

 

 

 

 

 

 

 

 

No entanto, muitas potenciais ainda não chegaram a beneficiar a população mundial. Especialmente em relação à criação de empregos, serviços e crescimento econômico. A Internet também gera expectativas para melhoria na capacidade de atendimento do serviço público, da comunicação e do atendimento aos cidadãos.

O relatório aponta também que a educação nas escolas deve mudar, pois muitas profissões vão parar de existir e novas irão surgir no futuro. Por isso, faz-se necessário aumentar as capacidades sócio-emocionais, cognitivas e a flexibilidade dos indivíduos. Nesse sentido, o relatório destaca que as gerações futuras serão obrigadas a se capacitar permanentemente ao longo da vida.

Leia mais: World Development Report 2016: Digital Dividends. http://www-wds.worldbank.org/external/default/WDSContentServer/WDSP/IB/2016/01/13/090224b08405ea05/2_0/Rendered/PDF/World0developm0000digital0dividends.pdf

Aberta a consulta de temas para Ações de Governo Aberto

Teve início a construção do 3. Plano de Ação do Governo Aberto do Brasil, como parte da Parceria para o Governo Aberto (OGP, em inglês). Nesta primeira etapa serão propostos os temas dos projetos que comporão o plano. Qualquer cidadão pode propor um tema na plataforma online.

 

Na segunda etapa será feita a priorização desses temas sociedade civil através de consulta pública na mesma plataforma.
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Após a definição dos temas serão realizadas oficinas de co-criação para o detalhamento dos projetos sobre os temas. As oficinas terão  a participação do governo, da sociedade civil e de especialistas convidados. O Plano deve estar pronto até julho de 2016.

 
A primeira etapa da consulta vai até 11 de fevereiro.